Era pouco antes da meia-noite. Uma antiga colega de trabalho – que chamarei aqui de Arlete – completaria aniversário dentro de alguns minutos. Subiu num ônibus, ao lado de uma sobrinha, no Bairro Industrial. Resolvi segui-las, pois tinha o intuito de realizar trabalho extra numa determinada fábrica, em cujo fundo estava havendo um espetáculo de ‘strip-tease’ masculino. Assisti a vinte e três homens tirarem a roupa, mas, quando estava prestes a conferir o talento do último, o 24º, o que mais me interessava, a quem chamarei de Ranulfo, precisei levar alguém a um ponto de ônibus. Era madrugada. Quando volto ao palco, o espetáculo havia acabado: Ranulfo se prostituía na avenida em frente à fábrica, sem camisinha, bêbado, gritando que queria morrer. Acordei com forte dor de cabeça. Precisei tomar remédio e me deitar um pouco mais. Tive medo. Sinto ainda!
Wesley PC>
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
Há uma semana
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