sábado, 13 de outubro de 2012

E A PERGUNTA QUE ME FIZERAM FOI: “WESLEY, COMO TU AGÜENTAS TER PESADELOS TODOS OS DIAS?”

Como se eu quisesse (risos)... Mas, freudianamente educado que fui, aprendi logo cedo que sonhos (e pesadelos em especial) são “manifestações inconscientes de um desejo reprimido”. Quanto mais pendências emocionais existirem em minha vida, mas eu processo ou condenso as minhas limitações através do universo onírico!

Na madrugada de hoje, foi a vez de eu sonhar que recebia um tapa cheio de pregos na boca sempre que elogiava alguém. Não pregos soltos e inofensivos, mas pregos grudados na tal mão, que me rasgavam a boca, a ponto de eu acordar sentindo o gosto de zinabre ainda. Horrível, mas eu sei o que me causou tal sonho: antes de dormir, assisti ao xaroposo “Uma Lição de Amor” (2001, de Jessie Nelson), filme que aborda a luta jurídica de um deficiente mental para provar que é capaz de educar a sua filha, que já o ultrapassara intelectualmente. O péssimo roteiro do filme aborda de forma rasteira o modo como o protagonista aprendeu a fazer sexo com uma adulta mas é capa de conter seus desejos eróticos, mesmo sendo mimado e tendo a suposta idade mental de 7 anos de idade. Mas deixa quieto: a minha identificação com a trama teve a ver com uma desilusão paternalista que não pára de me perseguir. Culpa minha!

Vale acrescentar que, no filme, quem mais me chamou a atenção foi a personagem de Dianne Wiest, uma pianista reclusa, que há décadas não sai de casa, em razão de detestar as mentiras do mundo real e de possuir traumas mal-superados em relação às perversões de seu próprio pai. As regravações de canções antológicas de The Beatles na trilha sonora – a cargo de artistas como Aimée Mann, Eddie Veder, Rufus Wainwright e tantos outros que eu aprecio – também é um chamariz louvável, a ponto de a trilha sonora do filme ter batido recordes de vendagem. Porém, acho que muita gente comprou gato por lebre: foram lançados dois discos referentes ao filme. Um com as canções mencionadas e outro com a trilha sonora incidental do John Powell, que, definitivamente, não me agradou... Por isso, os pesadelos! (risos) Que venham mais: estou disposto a interpretá-los!

Wesley PC>

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