quinta-feira, 29 de novembro de 2012

DE UM LADO, A AULA URGENTE. DO OUTRO, A CURIOSIDADE...

Na manhã de hoje, assisti a um profícuo debate sobre a situação dos índios Guarani-Kaiowá, tribo sul-mato-grossense que está sendo coagida a abandonar suas terras naturais por causa da conjunção entre Justiça Federal oportunista e expansão monetifágica do agronegócio, aqui representado pelos vislumbres da cana-de-açúcar enquanto matéria-prima do etanol combustível em ascensão consumível no Brasil. Na oportunidade, vi, ao lado de uma grande amiga, o excelente documentário em curta-metragem “À Sombra de um Delírio Verde” (2011, de An Baccaert, Cristiano Navarro & Nicola Muñoz), produzido com o auxílio de capital franco-belga e premiado nalguns festivais de cinema ao redor do mundo. Fiquei impressionado com o que vi: é incrível como suprimem o drama destes indígenas, pressionados à ameaça de suicídio coletivo a fim de serem ouvidos pela população “Karaí” (branca – ou melhor, “não-índia”)...

 O drama dos Guarani-Kaiowá ficou mais evidente quando os integrantes do Facebook passaram a utilizar a designação tribal como sobrenome simbólico, em protesto favorável ao clamor dos índios, mas as facetas da injustiça ferrenha contra eles vão além da expulsão de terras, conforme atestou o jornalista Pedro Alves. Tendo convivido com alguns integrantes da tribo por um certo tempo, o jornalista constatou o que ele definiu como etnocídio, visto que são variegadas as tentativas de assassinato contra os representantes indígenas, tentativas de assassinato estas que, quando consumadas, são falsamente noticiadas como crimes passionais advindos do descontrole emocional dos próprios índios.

 Pesquisando sobre o assunto, descobri que fora realizado um filme ítalo-brasileiro sobre o assunto, chamado “Terra Vermelha” (2008, de Marco Bechis). Enquanto converto o referido filme para um arquivo assistível em meu aparelho reprodutor de DVDs, surpreendo-me por nunca ter ouvido sequer falar desta produção: como pode? Não é por acaso: a mídia esconde! Mas, agora, me sinto integrado a esta luta: os Guarani-Kaiawás precisam de nosso apoio!

 Wesley PC>

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