quarta-feira, 21 de novembro de 2012

PARA MEU QUERIDO AMIGO RAFAEL ALCÂNTARA OU “O QUE MAIS EU POSSO DIZER SOBRE ISTO? DIGA-ME!”

Uma passagem rápida de olho por este texto prévio deixa entrever o quanto fiquei contente ano passado, quando, ao lado de alguns de meus melhores amigos, assisti a uma boa seleção de canções sergipanas no palco do Teatro Tobias Barreto. No ano seguinte, as mesmas canções seriam gravadas em CD e, ao saber deste evento, fiz questão de convidar mais alguns melhores amigos para me acompanharem durante o espetáculo. Deus do céu, como me envergonhei do que vi e ouvi no palco do Teatro Atheneu! Ao contrário do ano passado, em que os próprios compositores apresentaram e defenderam, mal ou bem, as suas canções, um ‘pout-porri’ com todas as canções foi empurrado goela abaixo da platéia: apesar de a banda responsável por esta apresentação ser instrumentalmente muito boa e versátil, o quarteto de cantores selecionado para esta “homenagem” desrespeitou sobremaneira o que foi cantado, distorcendo todas as canções, transformando tudo num ‘show’ de horrores, no pior sentido do termo!

 Eu e meus amigos ficamos tão negativamente dilacerados durante aquela apresentação (será que os compositores gostaram daquilo?) que saímos correndo do ambiente quando vimos que personalidades “ilustres” foram convocadas para subir ao palco, a fim de receberem, por parte dos organizadores do evento, honrarias simbólicas imerecidas, em minha opinião de observador apaixonado. Aliás, neste ponto desta postagem devo acrescentar que geralmente rejeito as reclamações imediatistas contra o suposto provincianismo aracajuano, mas precisei admitir que, no contexto em pauta, as reclamações fizeram sentido! Tínhamos que fazer algo para nos livrarmos dos maus augúrios despejados naquele teatro: fomos a uma pizzaria, eu e meus amigos, logo em seguida, empunhando, cada um de nós, os CDs que recebemos quando adentramos o teatro. Ali, sim, as canções são executadas como são devidas, valorizadas até mesmo em seus defeitos estruturais indicativos de personalidade e tentativa. E quase que me esqueço de publicar algo sobre o tal evento, mas, sinceramente, o que mais dizer? Vergonha, meu Deus, pura vergonha! Espero que esta crônica apressada tenha sido de teu agrado, querido Rafael Alcântara... Foi o que eu pude extrair, por ora!

 Wesley PC>

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