domingo, 25 de novembro de 2012

PELO MENOS, SEI ONDE FICA O PERÍNEO...

Não vou mentir: quando me arrisquei a ver “Dotado Para Bilhar” (2011, de Tom Brady), o que mais me interessou foi a análise masturbacional embutida na curiosa seqüência em que um rapaz é apresentado à “punheta” por seus melhores amigos e descobre que seus pais eram atores pornôs na década de 1970. A cena é dramaticamente desperdiçada por causa da péssima composição de Nick Swardson como o protagonista Bucky Larson, mas, aos poucos, o filme foi me cativando seriamente por causa do modo digno como os atores coadjuvantes defendem os seus papéis e o roteiro co-escrito por Adam Sandler.

 Na trama, o protagonista resolve ir para a Califórnia, onde decide se tornar astro pornográfico apesar de seu pênis minúsculo e de seus pêlos pubianos proeminentes. Apaixona-se pela garçonete vivida por Christina Ricci (surpreendente presença, que me assegurou que o filme não era apenas chulo, mas digno de ser visto com atenção) e, graças à confiança do ex-diretor viciado em drogas interpretado pelo galã decadente Don Johnson, ele trona-se um exitoso astro sexual, visto que as suas vergonhosas dimensões fálicas interessam aos homens e mulheres que lamentam as genitálias frustrantes de seus parceiros. E, numa cena bastante engraçada, Bucky Larson recebe doze troféus (inclusive o de “Melhor Períneo”, parte do corpo que ele nem sabe onde fica!) numa cerimônia que premia os melhores astros pornográficos, superando o recorde do bem-dotado personagem de Stephen Dorff. Morais da estória: 1 – “Acredite sempre nos seus sonhos”; e 2 – “Nunca defeque no mesmo lugar em que tu te banhas”. Gostei do que vi. Ouso recomendá-lo, portanto: o filme me apareceu num momento deveras oportuno. Neste domingo, eu me decepcionei...

 Wesley PC>

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