quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

“É MELHOR ESTAR LONGE E SE SENTIR PRÓXIMO QUE ESTAR PERTO E SE SENTIR DISTANTE...”

Pouparei os eventuais leitores deste ‘blog’ de mais uma crise elogiosa acerca do seriado televisivo “Glee”: acabo de assistir ao quinto episódio da quarta temporada do mesmo – “The Role You Were Born to Play” [“O Papel que Tu Nasceste para Representar”] – e me impressionei com a sua qualidade emocional e com o bom gosto na seleção das canções. Gostei muito do que vi e ouvi, não posso mentir!

 Para além de deslizes recorrentes envolvendo a sanha competitiva – metonimizada na rixa entre uma líder de torcida cristã e um meio-negro abobalhado versus uma rapariga pobre mas formosa e um cara desengonçado porém lindo e talentoso – este episódio me encantou não apenas pela pungente interpretação de “Hopelessly Devoted to You” (canção originalmente interpretada por Olivia Newton-John) por um ‘gay’ que traíra o seu namorado durante um instante de carência sexual, mas principalmente pela surpreendente tomada de partido em defesa de um travesti negro adolescente, chamado Unique (vivido corajosamente por Alex Newell), que se sente deslocado no colégio por não se sentir bem em roupas masculinas e, ao mesmo tempo, ser impedido de se vestir como menina. Quem diria? Definitivamente, a TV norte-americana abraçou a causa ‘gay’ mais extensiva, o que é absolutamente compreensível dada a amplitude consumista relacionada ao fato.

 A inevitabilidade contestatória do parágrafo anterior, entretanto, não faz soçobrar a minha empolgação: mais uma vez, amei este episódio. Muito bom! “Glee” voltou a ser o ótimo seriado evasivo que me conquistou, que tão bem funcionou em sua (nem tão) clicherosa defesa de que “sonhos não são de graça”. Sem contar que Cory Monteith está ainda mais lindo como o Finn Hudson recém-formado de cabelo cortado e, agora, assumindo a direção do coral da escola: estou apaixonado, sou um idiota e não tenho vergonha nem da primeira nem da segunda confissão!

 Wesley PC>

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