segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"MÃE, EU NÃO TIVE FÉ!"...

A vida é bela, súbita, estranha e maravilhosa, e coisas estranhas e valorativas acontecem o tempo inteiro: na tarde de ontem, assisti por acaso a um interessantíssimo curta-metragem baiano chamado "Olho de Boi" (2011, de Daniel Lisboa), no qual um garotinho oprimido por seus vizinhos violentos e tendentes ao narcotráfico recorre a um "preto velho" para imbuir-se de forças para enfrentar os seus agressores. Na hora H, ele titubeia, cede e chora. Não posso dar muitos detalhes acerca do que aconteceu, a fim de não atrapalhar o prazer de quem ainda verá o filme, mas me impressionou positivamente...

Quando vi o filme, eu estava tendo um ataque de fobia urbana dominical. Corri para um ponto de ônibus, encontrei alguns amigos de trabalho, sorri, comi e, ao chegar em casa, não consegui dormir a contento: uma vizinha grávida e largada pelo namorado brigava com o pai, o ofendia, o agredia com palavras ofensivas, em razão de ele estar sempre bêbado. Na manhã de hoje, a mesma vizinha lamentava a morte do mesmo: ele falecera, engasgado no próprio vômito etílico. E eu senti compaixão por ela, mas... O que fazer? Como bem disse minha mãe, quando três ambulâncias pararam diante de nosso portão, "a vida é bela, mas, a qualquer momento... puft!". 

É isso mesmo: por isso, mais tarde, eu e meus melhores amigos estaremos juntos. Vida é bela quanto se estar junto de quem se ama. A vida é bela quando se tem fé!

Wesley PC>

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