No início da madrugada de hoje, revi "A Morte de Narciso" (2003, de Luiz Carlos Lacerda) e fiquei impressionado: se, da primeira vez, o estupor positivo relacionado ao impressionante 'corpus' fotográfico de Alair Gomes (1921-1992) me impressionou pelo pioneirismo no que tange à contemplação da nudez masculina, ontem nem mesmo os defeitos estruturais ambiciosos do filme me perturbaram - muito pelo contrário, me seduziram deveras: a idéia de pôr homens musculosos para recitar poemas de Lúcio Cardoso, para ficar apenas num exemplo, encanta e seduz ao mesmo tempo. Por mais que eles sejam canastrões, aquilo excita, aquilo cheira a redenção pela arte: seus corpos intumescem com poesia, seus pênis tornam-se componentes artísticos reconhecidos exaustivamente com tais...
No filme, parceiros de criação ou companheiros artísticos do fotógrafo explicavam como era o seu processo criativo: ao longe, Alair fotografava seus "alvos" (belíssimos transeuntes masculinos que se exercitavam na praia carioca do Arpoador) e, em seguida, os procurava, mostrava as fotos reveladas e os convidava para ensaios mais elaborados, desta vez, focalizados em suas genitálias, conforme a imagem acima postada serve de exemplo... Por motivos óbvios, fiquei mais uma vez encantado diante do filme: belíssimo e, mais que isso, útil!
Wesley PC>
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
Há uma semana
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