quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

ACABO DE TOMAR DIPIRONA (INFANTIL) LÍQUIDA: DEVO ESTAR DOENTE!


“Dizem que não há pecado em matar uma fera, mas sim em assassinar um homem. Entretanto, onde acaba um e começa o outro?”

Depois de uma tarde de grandes e sutis emoções (uma reunião com meu orientador ranzinza de Mestrado – que hoje sorria e me tratava com dignidade docente -, um abraço numa garota simpaticíssima e recém-saída de um relacionamento duradouro, uma conversa longa com um misantropo que nutre uma estranha admiração intelectual por mim, o enfrentamento ocular positivo com um lindo sociólogo), deitei-me no sofá de minha casa um tanto letargicamente e assisto ao péssimo longa-metragem de horror “O Lobisomem” (2010, de Joe Johnston). Apesar da bela fotografia de Shelly Johnson, do roteiro promissor (baseado num ótimo filme da década de 1940), da trilha sonora intensa do Danny Elfman, da atuação angustiada do Benicio Del Toro e das aparições de Geraldine Chaplin como uma velha cigana, o filme é constrangedoramente tedioso. Nem é tão longo, mas Anthony Hopkins está tão vergonhoso em cena que o filme extenua (no pior sentido do termo)...

Para além de seus muitos problemas estruturais, a definição do protagonista como um ator teatral vitoriano e as suas internações num hospício cujo diretor mergulhava-o constantemente num tonel de água congelada impressionaram-me deveras: ao final da sessão, os bons elementos do filme sobressaíram-se, não obstante eu insistir que o filme é péssimo! E, se eu pareço um tanto macambúzio enquanto escrevo é porque estou suando. Estava febril há pouco, mas o remédio que ingeri deve estar fazendo efeito. Dormirei em alguns minutos. Espero ter bons sonhos, cultivar o amor em meu subconsciente: o sociólogo em pauta disse que eu tinha “uma libido obsessiva”. E o melhor: ele não achou isto ruim! O ingênuo deve ser eu...

Wesley PC> 

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