Assim conclui o ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da
Silva no documentário canadense “O Mundo Segundo Lula” (2007, de German
Gutiérrez), que vi há pouco. Assisti ao filme por acaso, para ganhar tempo
enquanto comia panetone com café e me decidia acerca do que fazer à noite, mas
apreciei a investigação do mesmo acerca das tentativas de intervenção internacional
da política interna do ex-presidente, ainda em seu primeiro mandato, que, em
mais de uma oportunidade, tentou se alinhar politicamente com países em
desenvolvimento no afã por enfrentar as imposições hegemônicas do conchavo
entre Estados Unidos da América e União Européia.
Paralelamente à exposição informativa, que também se vale de
depoimentos filmados de Evo Morales, Jacques Chirac, Hugo Chávez e George W.
Bush, entre ministros e outros políticos que eu não consegui identificar, o
filme também entrevista transeuntes cariocas, que respondem o que acham sobre a
tal participação lulista em eventos políticos internacionais. Uma das
transeuntes reclama que ele viaja demais. Outra diz que não se sente
representada por um presidente que sequer sabe falar inglês. Uma terceira diz
que o apoio que o ex-presidente ofereceu ao Haiti, diante de uma tragédia, era
demagógico, visto que, na opinião dela, “enquanto o muro de sua própria casa
está caindo, a gente não pode ficar prestando atenção à casa do vizinho”. Ao
final, tudo se encerra muito rápido (o filme tem apenas 52 minutos de duração),
mas conseguiu passar o seu recado, ativar o meu interesse, emular um afeto
renegado...
Wesley PC>
Nenhum comentário:
Postar um comentário