domingo, 31 de março de 2013

“A RIQUEZA PRODUZIDA NAS MÃOS DE POUCOS EQUIVALE A MISÉRIA, ENQUANTO QUE A RIQUEZA PRODUZIDA NAS MÃOS DE MUITOS EQUIVALE A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA”

Assim conclui o ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva no documentário canadense “O Mundo Segundo Lula” (2007, de German Gutiérrez), que vi há pouco. Assisti ao filme por acaso, para ganhar tempo enquanto comia panetone com café e me decidia acerca do que fazer à noite, mas apreciei a investigação do mesmo acerca das tentativas de intervenção internacional da política interna do ex-presidente, ainda em seu primeiro mandato, que, em mais de uma oportunidade, tentou se alinhar politicamente com países em desenvolvimento no afã por enfrentar as imposições hegemônicas do conchavo entre Estados Unidos da América e União Européia.

Paralelamente à exposição informativa, que também se vale de depoimentos filmados de Evo Morales, Jacques Chirac, Hugo Chávez e George W. Bush, entre ministros e outros políticos que eu não consegui identificar, o filme também entrevista transeuntes cariocas, que respondem o que acham sobre a tal participação lulista em eventos políticos internacionais. Uma das transeuntes reclama que ele viaja demais. Outra diz que não se sente representada por um presidente que sequer sabe falar inglês. Uma terceira diz que o apoio que o ex-presidente ofereceu ao Haiti, diante de uma tragédia, era demagógico, visto que, na opinião dela, “enquanto o muro de sua própria casa está caindo, a gente não pode ficar prestando atenção à casa do vizinho”. Ao final, tudo se encerra muito rápido (o filme tem apenas 52 minutos de duração), mas conseguiu passar o seu recado, ativar o meu interesse, emular um afeto renegado...

Wesley PC> 

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