Baseada numa ópera-bufa de Giovanni Batista Pergolesi (1710-1736),
a versão de Carla Camuratti para “La Serva Padrona” (1998) chama a atenção pelo
inusitado de sua proposta: depois de se tornar eternamente atrelada ao que se
convencionou chamar de “retomada do cinema brasileiro”, a famosa atriz resolveu
se aventurar pela filmagem de um espetáculo musical, concebendo um filme que, se
não é de todo interessante por suas particularidades essencialmente fílmicas (visto
que os protagonistas cantores Sylvia Klein e José Carlos Leal estão
afetadíssimos), ganha pontos pela última aparição de Thales Pan Chacon,ex-marido
da diretora, falecido em 1997, aos 41 anos de idade, em decorrência do vírus da
AIDS, e pela encenação do trecho cantado final, em que as onomatopeias das
batidas dos corações feminino e masculino são contrapostos em suas
particularidades sonoras (o primeiro soa como ‘pititi – pititi – pititi’ e o
segundo como ‘tatatá – tatatá – tatatá’). Não é um grande filme (dura apenas 63
minutos, inclusive), mas não deve ser descartado numa análise criteriosa das
produções extemporâneas do cinema de nosso país... Mais detalhes, vide cadastro do filme no Filmow.
Wesley PC>
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