quarta-feira, 13 de março de 2013

NOTA RÁPIDA SOBRE O ÚLTIMO FILME QUE VI:


Baseada numa ópera-bufa de Giovanni Batista Pergolesi (1710-1736), a versão de Carla Camuratti para “La Serva Padrona” (1998) chama a atenção pelo inusitado de sua proposta: depois de se tornar eternamente atrelada ao que se convencionou chamar de “retomada do cinema brasileiro”, a famosa atriz resolveu se aventurar pela filmagem de um espetáculo musical, concebendo um filme que, se não é de todo interessante por suas particularidades essencialmente fílmicas (visto que os protagonistas cantores Sylvia Klein e José Carlos Leal estão afetadíssimos), ganha pontos pela última aparição de Thales Pan Chacon,ex-marido da diretora, falecido em 1997, aos 41 anos de idade, em decorrência do vírus da AIDS, e pela encenação do trecho cantado final, em que as onomatopeias das batidas dos corações feminino e masculino são contrapostos em suas particularidades sonoras (o primeiro soa como ‘pititi – pititi – pititi’ e o segundo como ‘tatatá – tatatá – tatatá’). Não é um grande filme (dura apenas 63 minutos, inclusive), mas não deve ser descartado numa análise criteriosa das produções extemporâneas do cinema de nosso país... Mais detalhes, vide cadastro do filme no Filmow.

Wesley PC> 

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