Ambas as atrizes de “A Vida de Adèle” eram favoritas ao prêmio de atuação feminina, mas este foi para Bérénice Bejo, por “O Passado” (2013, de Asghar Farhadi), enquanto o prêmio de atuação masculina foi para o norte-americano Bruce Dern, por “Nebraska” (2013, de Alexander Payne), apesar de ser quase certeira a premiação de Michael Douglas ou Matt Damon por “Behind the Candelabra” (2013, de Steven Soderbergh). O prêmio de Melhor Roteiro foi para o mais recente filme do chinês Jia Zhang-Ke, “Um Toque de Pecado” (2013), pelo qual já estou deveras ansioso para ver, enquanto que um Prêmio Especial do Júri foi para “Tal Pai, Tal Filho” (2013, de Hirokazu Kore-Eda). Vale lembrar que estou adotando aqui as possíveis traduções dos títulos internacionais dos filmes premiados.
A minha maior surpresa em relação aos premiados deste ano esteve na categoria de Melhor Direção, que foi para o desconhecido Amat Escalante, pelo filme mexicano “Heli” (2013), o qual passou despercebidíssimo para mim nas diversas vezes em que reli a lista com os vinte filmes indicados ao prêmio principal, mas em relação ao qual já estou deveras curioso, sem contar que, dentre as breves imagens do filme a que tive acesso, achei o seu jovem protagonista descamisado lindo. Aliás, por falar em imagens do Festival, é mister destacar que assistir a diversos telejornais na manhã de hoje, ansioso por notícias do evento, mas só fui encontrá-las num programa da TVE espanhola. Os canais estavam muito mais preocupados em falar sobre a despedida do jogador Neymar (que, eu confesso, acho bastante sensual!), que deixou a equipe do Santos, onde jogou por nove anos, para ser contratado pelo time europeu do Barcelona.
Dentre os filmes selecionados para o festival que instigaram bastante a minha curiosidade cinefílica, menciono: o irregularmente elogiado “A Grande Beleza” (2013, de Paolo Sorrentino), um dos supostos favoritos; os mais recentes trabalhos de Roman Polanski [“Venus in Fur” (2013)], François Ozon [“Jeune & Jolie” (2013)], Jim Jarmusch [“Only Lovers Left Alive” (2013)] e Arnaud Despleschin [“Jimmy P.” (2013)]; e os vaiados “Only God Forgives” (2013, de Nicolas Winding Refn), “O Imigrante” (2013, de James Gray), “Wara no Tate” (2013, de Takashi Miike) e “Borgman” (2013, de Alex van Warmerdam). Porém, dentre todos os que foram exibidos nos festivais paralelos, “Les Salauds” (2013, de Claire Denis) e “Enquanto Agonizo” (2013, de James Franco), me deixaram entusiasmadíssimo, além do vencedor da Palma de Ouro Queer deste ano, o elogiadíssimo “O Desconhecido do Lago” (2013, de Alain Guiraudie). Que estes títulos comecem logo a ser exibidos pelas telas de cinema do mundo!
Wesley PC>
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