domingo, 16 de junho de 2013

A PARCA JUSTIFICATIVA (OU A PORCARIA DO AMOR, DE NOVO E DE NOVO!)...

Na tarde de ontem, como parte de uma aula extensiva sobre as principais tendências da comédia muda norte-americana, assisti a um filme protagonizado por Harold Lloyd, depois de ter me deslumbrado coletivamente diante de obras-primas de Charlie Chaplin e Buster Keaton. O nome do filme em pauta era “O Calouro” (1925, de Sam Taylor & Fred Newmeyer).

 Por conta da qualidade mui superior dos filmes que vi anteriormente, os problemas desta obra em particular ficaram mais evidentes: o roteiro abordava as desventuras de um universitário recém-ingresso na Universidade e que, inspirado por um filme a que assistira mais de uma vez (cujo protagonista no cartaz é justamente Harold Lloyd), cria que, se repetisse uma dancinha abobalhada e ingressar rapidamente no time de futebol americano, seria o rapaz mais popular do colégio. Obviamente, ele não consegue. Obviamente, as situações em que ele se envolve para angariar a fama são irritantes. Mas o filme é inteligente, e as típicas acrobacias do ator são dignas de serem apreciadas. Mas é um filme menor, bem menor...

 Apesar dos problemas inequívocos do quartel final do filme, centrado nas peripécias esportivas do protagonista, tenho que admitir que a última imagem me conquistou, me seduziu: semi-despido, o universitário é responsável pela vitória do seu time e, carregado nos ombros pelos colegas que o rejeitavam até então, recebe um bilhete da mulher que o ama. Ao ler a conclusão definitiva, ele está debaixo de um chuveiro, que despeja água no mesmo instante em que ele lê “eu te amo”. Era o suficiente para que a metáfora orgástica me atingisse em cheio: não é um filme tão bom, mas acerta no alvo!

 Wesley PC>

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