terça-feira, 6 de agosto de 2013

ANTES NENHUMA SURPRESA QUE UMA SURPRESA RUIM? (E/OU VICE-VERSA)

Ontem eu tive uma espécie de surto psicoerótico: abracei com uma dose de selvageria erotógena algumas pessoas, depois de um dia tumultuado por conta de pendências burocráticas alheias, que consumiram muito tempo e esforço físico de minha parte. Seja como for, fiz o possível para intervir na apreensão da motocicleta do meu irmão mais novo, por parte da Polícia de Trânsito. Era hora de me preocupar com os meus próprios problemas, em seguida!

Vasculhando a programação dos canais de TV, deparei-me com “Um Virgem de 41 Anos Ligeiramente em Apuros” (2010, de Craig Moss) sendo exibido no canal FX. O título nacional deixa clara a pretensão deste filme em satirizar comédias recentes de Judd Apatow e Greg Mottola, autoparódicas per si, mas eu pensava que o filme fosse ainda pior que isso. Terminei não me irritado tanto com o filme quanto seria óbvio: em meio a chistes que mencionam situações-chave “O Curioso Caso de Benjamin Button” (2008, de David Fincher) e “Ressaca de Amor” (2008, de Nicholas Stoller), para ficar apenas em dois exemplos ultra-evidentes além de “O Virgem de 40 Anos” (2005, de Judd Apatow) e “Superbad – É Hoje” (2007, de Greg Mottola), pude acompanhar piadas que mencionavam filmes de Paul Thomas Anderson, Michael Moore, e tantos outros. Eu e minha mãe sorrimos um pouco por causa disso!

No que pode ser depreendido como arremedo de trama, o protagonista Andy (Bryan Callen) é um abobalhado virginal de 41 anos, que, apesar de acordar constantemente excitado, não se masturba. A pressão seminal acumulada o deixa tenso, até que ele se apaixona por duas mulheres ao mesmo tempo: uma loira lúbrica, batizada Sarah (em homenagem ao filme stolleriano), que alega engravidar dele após apenas uma única noite de sexo; e outra plácida, que trabalha como gerente de um hotel praiano. O responsável pela gravidez mencionada, entretanto, parece ser o melhor amigo de Andy, um rapaz negro que nasceu velho e vai rejuvenescendo na medida em que o filme avança, mas, ao final, descobre-se que a fecundação fora coletiva, atingindo até mesmo o seu ginecologista.

Apesar do sobejo de cenas de vômito, defecações e situações vexatórias do gênero, a piada desgastada envolvendo longevidade e virgindade, metonimizada nesta imagem de Yoda com testículos avantajados, me fez sorrir por identificação tardia. Não foi uma sessão vã, portanto!


Wesley PC> 

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