sexta-feira, 27 de setembro de 2013

UM PROFUNDO MAL-ESTAR SUPERFICIAL: A FELICIDADE!


Vi “As Praias de Agnès” (2008, de Agnès Varda) há algumas horas, mas continuo sob efeito do filme. Uma obra-prima de completa imersão especular no amor, nas memórias que lembram moscas confusas, nas ereções compartilhadas, no direito de protestar a favor do aborto mesmo quando se está plenamente satisfeita com a própria gravidez... Incrível o quanto este filme é genial e atesta a suprema genialidade de sua realizadora, cujos filmes são, sobretudo sobre si mesma, sobre a paixão perpétua pelo falecido marido Jacques Démy (1931-1990), sobre a “ilha de carinho” que é a família. Queria poder escrever muito mais sobre este filme, sobre o que ainda sinto após a sessão, mas estou encantado, assolado por uma leseira que se confunde com a suma felicidade, cotidiana e fugaz, perene e intangível. Se eu já era completamente apaixonado pela cineasta antes, agora, neste exato instante, eu sou devoto, admirador contumaz, vardiano, pura e simplesmente!


Wesley PC> 

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