terça-feira, 29 de outubro de 2013

TANTOS E TANTOS MINUTOS DE SILÊNCIO (APÓS TER FALADO TANTO E TANTO)...

Por causa deste olhar, que ostenta a imagem derradeira de "Mais um Ano" (2010, de Mike Leigh), fiquei paralisado após a sessão, calado, inane, silencioso... Não sabia o que fazer, o que dizer: até assustei a minha mãe com a tristeza súbita, num filme que parecia tão feliz, que iniciou tão gritante e sorridente. Antevi um futuro possível neste filme, mas, após uns quarenta e cinco minutos de reflexão, reiterei algumas de minhas posições pessoais acerca da (minha) própria tristeza. Dei nota para a minha felicidade atual, superior a 7.5, ao contrário do que acontece com a personagem de Imelda Staunton no início do filme, que, "numa escala de um a dez", dá nota 1.0 para a própria felicidade. "O que é preciso para que tu melhores?", pergunta uma psicóloga. Ela, seca e insone: "mudar de vida!". Tive insônia após ter visto o filme, sonhei que doava a minha medula óssea para um amante alcoólatra e, depois, fazia sexo oral numa repórter loira de TV. Acordei com dificuldade, sentindo dores e/ou tontura. Sou refém da atuação insigne de Lesley Manville neste belíssimo filme. Glupt!

Wesley PC>

Nenhum comentário: