quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

MEU DINAMARQUÊS ESTÁ ENFERRUJADO, MAS, MESMO QUANDO O CARL THEODOR DREYER DERRAPA UM TANTINHO, ELE DEIXA EVIDENTE O QUANTO É GENIAL: UAU!

Este longo título que serve de epígrafe é uma espécie de pedido de desculpas para mim mesmo por não ter compreendido bem “Os Estigmatizados/ Amai-Vos Uns aos Outros” (1922). Justificativas para tal não me faltaram: além de a trama do filme ser confusa por si mesma – em sua mistura de subtramas que versam sobre anti-semitismo e outras que abordam os problemas desencadeados pelos atos estouvados de socialistas russos – tive acesso a este filme menor do cineasta numa cópia com péssima qualidade imagética e legendas em espanhol com atraso de mais de um minuto em relação aos intertítulos originais, sem contar que a versão que eu via divergia da remontagem sueca à qual as legendas estavam vinculadas. Mas, ainda assim, são diversos os bons momentos do filme. Um exemplo: o momento egrégio em que o fantasma de uma mãe judia recém-falecida conversa com o seu filho convertido ao cristianismo ortodoxo. Uma cena antológica!

Conforme dito anteriormente, não entendi direito as situações vinculadas às contingências do destino da protagonista Hanne-Liebe (Polina Piekowskaja), que estuda em um colégio russo na infância e peregrina por São Petersburgo antes de voltar ao seu vilarejo natal e ser acossada por revolucionários preconceituosos – num artifício maniqueísta e prejudicial do roteiro do filme – mas não é um filme a ser ignorado: deixo aqui firmado o meu compromisso de rever este filme com amigos o quanto antes!


Wesley PC> 

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