Este longo título que serve de epígrafe é uma espécie de pedido de
desculpas para mim mesmo por não ter compreendido bem “Os Estigmatizados/ Amai-Vos
Uns aos Outros” (1922). Justificativas para tal não me faltaram: além de a
trama do filme ser confusa por si mesma – em sua mistura de subtramas que
versam sobre anti-semitismo e outras que abordam os problemas desencadeados
pelos atos estouvados de socialistas russos – tive acesso a este filme menor do
cineasta numa cópia com péssima qualidade imagética e legendas em espanhol com
atraso de mais de um minuto em relação aos intertítulos originais, sem contar
que a versão que eu via divergia da remontagem sueca à qual as legendas estavam
vinculadas. Mas, ainda assim, são diversos os bons momentos do filme. Um
exemplo: o momento egrégio em que o fantasma de uma mãe judia recém-falecida
conversa com o seu filho convertido ao cristianismo ortodoxo. Uma cena
antológica!
Conforme dito anteriormente, não entendi direito as
situações vinculadas às contingências do destino da protagonista Hanne-Liebe (Polina
Piekowskaja), que estuda em um colégio russo na infância e peregrina por São Petersburgo
antes de voltar ao seu vilarejo natal e ser acossada por revolucionários
preconceituosos – num artifício maniqueísta e prejudicial do roteiro do filme –
mas não é um filme a ser ignorado: deixo aqui firmado o meu compromisso de
rever este filme com amigos o quanto antes!
Wesley PC>
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