Ele olhou para baixo e sentiu a sua rola latejando, a cabeça da pica explodindo, antes do momento que antecede o gozo: um jorro intenso de pôrra estava prestes a sair de sua verga, enquanto ele esfregava os dedos nos lábios, nas beiradas do cuzinho... Fazia tempo que ele não se sentia excitado daquele jeito: o pau não estava apenas duro, retorcia de tanto sangue acumulado, de tanto esperma prestes a sair. Ele estava só. Olhou para os lados, sentiu o cheiro da brisa marinha e percebeu que era hora de voltar ao trabalho. Pôs o telefone de volta no gancho e chamou o próximo cliente. Ainda restavam mais seis horas de serviço.
Wesley PC>
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
OS OLHOS DA WILZA CARLA VERSUS OS LÁBIOS DO PABLO CAPILÉ:
As duas figuras humanas citadas no título desta publicação são as que
mais me acompanharam noticiosamente nos últimos dias: a primeira, por ser um
xodó; o segundo, um falso profeta.
Na palestra que tive o prazer de conduzir na noite de
terça-feira, expliquei uma fórmula: “se tiver Wilza Carla no elenco, tenha
certeza de que se trata de uma pornochanchada!”. Era uma informação séria, mas um lampejo de
melancolia me tomou de assalto logo em seguida, quando me lembrei do quão pobre
e esquecida morreu esta brilhante atriz de nosso cinema brasileiro: famosa por
representar obesas lúbricas em filmes como “Ainda Agarro Esta Vizinha” (1974,
de Pedro Carlos Rovai) e “Seu Florindo e Suas Duas Mulheres” (1978, de Mozael
Silveira), ela faleceu em 2011, aos 75 anos de idade, por conta de uma
combinação de diabetes com Mal de Alzheimer e diversas outras moléstias. Sofria
com o abandono de seus antigos colegas...
O mato-grossense Pablo Capilé, por sua vez, foi um dos
entrevistados do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na segunda anterior à
minha palestra. Representante do coletivo “Mídia Ninja”, ao lado do jornalista
Bruno Torturra, e consagrado por causa de suas atividades enquanto produtor da
organização “Fora do Eixo”, este personagem midiático chamou a minha atenção erétil
quando o vi por alguns minutos durante a referida entrevista, indicada por um
amigo meu, que desconfiava de sua habilidade discursiva. Achei interessante a
sua composição física marcada por diversas dermatites, bem como a pujança agressiva
com que ele pronunciou a expressão “desmonetarização da informação”. Porém, conforme vários de meus amigos mais
confiáveis fizeram questão de ressaltar de ontem para hoje, seu discurso é falacioso.
Ele é um hipócrita explorado, eis o que dizem dele. Não tive tempo (nem
disposição, admito) para pesquisar a fundo as suas contradições, mas, tanto por
motivos acadêmicos quanto pessoais – já que seu nome está sendo muitíssimo
evocado na Universidade – tenho que fazê-lo mais cedo ou mais tarde. Mas não
agora. Por ora, Wilza Carla é muitíssimo mais merecedora de minha atenção e de meu
afeto...
Wesley PC>
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terça-feira, 6 de agosto de 2013
ANTES NENHUMA SURPRESA QUE UMA SURPRESA RUIM? (E/OU VICE-VERSA)
Ontem eu tive uma espécie de surto psicoerótico: abracei com
uma dose de selvageria erotógena algumas pessoas, depois de um dia tumultuado
por conta de pendências burocráticas alheias, que consumiram muito tempo e
esforço físico de minha parte. Seja como for, fiz o possível para intervir na apreensão
da motocicleta do meu irmão mais novo, por parte da Polícia de Trânsito. Era
hora de me preocupar com os meus próprios problemas, em seguida!
Vasculhando a programação dos canais de TV, deparei-me com “Um
Virgem de 41 Anos Ligeiramente em Apuros” (2010, de Craig Moss) sendo exibido
no canal FX. O título nacional deixa clara a pretensão deste filme em satirizar
comédias recentes de Judd Apatow e Greg Mottola, autoparódicas per si, mas eu
pensava que o filme fosse ainda pior que isso. Terminei não me irritado tanto
com o filme quanto seria óbvio: em meio a chistes que mencionam situações-chave
“O Curioso Caso de Benjamin Button” (2008, de David Fincher) e “Ressaca de Amor”
(2008, de Nicholas Stoller), para ficar apenas em dois exemplos ultra-evidentes
além de “O Virgem de 40 Anos” (2005, de Judd Apatow) e “Superbad – É Hoje”
(2007, de Greg Mottola), pude acompanhar piadas que mencionavam filmes de Paul
Thomas Anderson, Michael Moore, e tantos outros. Eu e minha mãe sorrimos um
pouco por causa disso!
No que pode ser depreendido como arremedo de trama, o
protagonista Andy (Bryan Callen) é um abobalhado virginal de 41 anos, que,
apesar de acordar constantemente excitado, não se masturba. A pressão seminal
acumulada o deixa tenso, até que ele se apaixona por duas mulheres ao mesmo
tempo: uma loira lúbrica, batizada Sarah (em homenagem ao filme stolleriano), que
alega engravidar dele após apenas uma única noite de sexo; e outra plácida, que
trabalha como gerente de um hotel praiano. O responsável pela gravidez mencionada,
entretanto, parece ser o melhor amigo de Andy, um rapaz negro que nasceu velho
e vai rejuvenescendo na medida em que o filme avança, mas, ao final, descobre-se
que a fecundação fora coletiva, atingindo até mesmo o seu ginecologista.
Apesar do sobejo de cenas de vômito, defecações e situações
vexatórias do gênero, a piada desgastada envolvendo longevidade e virgindade, metonimizada
nesta imagem de Yoda com testículos avantajados, me fez sorrir por
identificação tardia. Não foi uma sessão vã, portanto!
Wesley PC>
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
UM ELO (ERÓTICO? FILIAL?)
A cena em que a personagem de Zezita Matos embala o seu neto morto numa rede em "Mãe e Filha" (2011, de Petrus Cariry) me impressionou bastante. É o segundo filme deste diretor cearense que vejo [o anterior foi "O Grão" (2007)], mas, nesta obra mais recente, ele adequou de forma mais bem-sucedida as suas pretensões estéticas com uma atmosfera de realismo mágico taciturno - e, enquanto eu via o filme, três pessoas conversavam comigo via mensagem de celular: um rapaz que acabara de ter um filho, mas que nunca se recuperou do rompimento afetivo com uma de minhas melhores amigas; uma mulher que amo bastante e que dava de mamar ao afilhado que apelidei de "ciganinho alado"; e um garoto interiorano que sonha em ser "independente" para poder fazer sexo com quem quiser à hora que quiser, visto que, segundo ele, a masturbação é um ato egoísta. Queria estar ao lado dos três, mas a beleza do filme supriu o meu esboço de solidão dominical instituída: passei o dia a formatar um esboço de dissertação, a ser qualificada como parte de meu Mestrado em Comunicação muito em breve. Temo, inclusive, que este texto seja pretexto para um enfrentamento verbalmente beligerante entre professores que sustentam delicadas relações de convivência diplomática, mas, se for para irromper conflitos, que estes sejam regidos pela emoção, conforme acontece no belíssimo filme metonimizado através desta fotografia. Eu sou desses que amam...
Wesley PC>
Wesley PC>
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domingo, 4 de agosto de 2013
O QUE IMPORTA É NÃO PARAR DE PROCURAR...
Hora de almoçar, portanto. Ouvir um pouco de música, pensar em quem me quer bem, sorrir, não importa o motivo ou a falta de motivos... Continuo na busca!
Wesley PC>
Wesley PC>
NUDEZES (plural):
Na Bélgica, foi realizada uma exposição em que diversos praticantes de nudismo puderam contemplar representações do corpo humano nu na arte desde 1800. No Brasil, eu surpreendo-me ao rever "Amor Bandido" (1978, de Bruno Barreto), não apenas pela genialidade inaudita do filme (já pessoalmente comentada aqui) ou pelo sobejo de identificação possível em relação a um futuro de subsunção ao gigolonato, mas por causa do modo como o filme driblou a censura rígida da época: o jovem ator Paulo Guarnieri aparece em ousados nus frontais em mais de uma seqüência!
Porém, quem mais brilha no filme são Cristina Aché, Paulo Gracindo e a reprodução repetida da magnífica canção "Amada Amante", do Roberto Carlos. Caramba, como este filme me destroçou! O impacto de nudez emocional foi bastante similar ao que é percebido na imagem...
E, sim, estou com problemas a me circundar: mas prefiro não falar sobre isso agora. Ao invés disso, eu repito: o mundo é bom, o mundo é bom, o mundo é bom!
Wesley PC>
Porém, quem mais brilha no filme são Cristina Aché, Paulo Gracindo e a reprodução repetida da magnífica canção "Amada Amante", do Roberto Carlos. Caramba, como este filme me destroçou! O impacto de nudez emocional foi bastante similar ao que é percebido na imagem...
E, sim, estou com problemas a me circundar: mas prefiro não falar sobre isso agora. Ao invés disso, eu repito: o mundo é bom, o mundo é bom, o mundo é bom!
Wesley PC>
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