A sentença está em “O Capital” (2012, de Costa-Gavras),
filme estranhamente suprimido pelos distribuidores cinematográficos, visto que
demorou bastante para chegar às telas brasileiras e, quando o fez, foi desprovido
do merecido estardalhaço. Afinal de contas, apesar de sua vinculação
enredística a diretrizes do capital especulativo que são mais bem compreendidas
por quem tem um cabedal gnosiológico de Ciências Econômicas, a trama é quase
truísta em suas obviedades, que si me incomodaram no que diz respeito à extrema
subserviência do protagonista avaro à supermodelo por quem se apaixona, mas que
o engana, o embebeda, o obriga a emprestar largas quantias de dinheiro...
E sim, o dinheiro é o culpado das mazelas que me circundam
neste exato instante, tanto no que diz respeito à ação judicial que pode ser
direcionada contra mim a qualquer instante quanto nos gritos esbaforidos de
minha cunhada, no quarto do meu irmão, reclamando que só tem “velhacos” (ou
seja, maus pagadores) ao seu redor. Isso sem mencionar a briga entre meus dois irmãos
que se instalou anteontem, quando o mais novo precisou pedir R$ 100,00
emprestados ao mais porque a sua motocicleta quebrou duas vezes seguidas na
mesma noite. A quem recaiu a responsabilidade por intervir e resolver estes
problemas financeiros aquém de minhas preocupações? A quem?! “Dinheiro é puta,
na mão de favelado esfarela”, já dizia uma canção célebre de ‘rap’...
Wesley PC>
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