sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

NÃO IMPORTA QUANTO BEM TU TENHAS FEITO EM TUA VIDA: QUANDO FAZES ALGO MAU, ESTE SERÁ O TEU ESTIGMA!

Na manhã de ontem, finalmente tive acesso ao infame “Ishtar” (1987, de Elaine May), considerado quase unanimemente um dos piores fracassos da história do cinema, levando-se em consideração a exorbitante divergência entre os seus custos de produção e os rendimentos obtidos nas bilheterias. De antemão, não vejo como o filme poderia ter se transformado num sucesso de público: Warren Beatty e Dustin Hoffman – apesar de certa similaridade física – não fazem uma boa dupla e Isabelle Adjani aparece muito pouco, sem mencionar que as piadas são estadunidenses demais, direcionadas a quem conhece o repertório básico das casas de espetáculo nova-iorquinas. Achei o filme desengonçado, com uma duração muito longa, e politicamente obtuso, já que tinha uma guerra civil como mote tramático. Muito ruim, em suma!

 Quando fui publicizar as minhas impressões sobre o filme, deparei-me com uma defensora ardorosa do mesmo, que trazia à tona, como chave de compreensão para a sua fruição enredística, o conhecimento prévio das obras anteriores da diretora e roteirista, cujo longa-metragem mais famoso é o desejado “O Rapaz que Partia Corações” (1972), que planejo ver muito em breve. Li com atenção o comentário da rapariga e pensei comigo mesmo se o filme era tão ruim quanto eu achara. Não obstante ter me encantado pela beleza de Fijad Hageb, que interpreta o guia Abdul, e de ter sorrido por causa do coitado do camelo cego que aparece nas seqüências do deserto, redargüi que o filme pareceu-me mesmo muito ruim, mas, mesmo assim, permaneci incomodado com o meu julgamento severo. É o que eu tenho para dizer, por ora...

Wesley PC>

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