Procurava reconhecer a mim mesmo, talvez...
Nos feriados - principalmente, os prolongados - fico taciturno, pois me sinto ilhado, aprisionado: as pessoas que me apetecem viajam ou ficam ocupadas com festividades e, por causa dos problemas domésticos recorrentes, preciso ceder os aparelhos de TV da casa para a atenuação das carências de meus familiares. Dedico-me a ler, portanto, a ficar me olhando nos espelhos...
Numa das inúmeras vezes em que eu mirava meus olhos no reflexo, minha mãe fez a pergunta que intitula esta publicação. Minutos depois, eu estava vendo "Somos o que Somos" (2013, de Jim Mickle). Como odiei este filme! É uma regravação pútrida de um filme mexicano genial que descobri por acaso [e que comento
aqui, num contexto mui pessoal]. Que lástima que esta obra tão original tenha sido convertida numa produção piegas de horror investigativo. Até associar o mal de Parkinson ao canibalismo o roteiro modificado tenta: que absurdo!
Amanhã, posicionar-me-ei diante do espelho mais de uma vez, novamente...
É como se eu me sentisse solitário, desamparado.
É como...
Para não dizer...
Reticências...
...
Wesley PC>
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