quarta-feira, 23 de julho de 2014

“COMO SEPARAR O TRABALHO E A MINHA VIDA ÍNTIMA?” COMO?

Não por acaso, este foi o questionamento que ouvi em “Sonhos de Mulheres” (1955, de Ingmar Bergman), visto justamente no intervalo para almoço de minha jornada de trabalho. No filme, a proferidora deste questionamento (a modelo interpretada por Harriet Andersson) desacredita na referida separação. Depois de brigar com o seu namorado infantilizado, ela é assediada por um cônsul infeliz (Gunnar Björnstrand), cuja esposa enlouqueceu após crer que sua filha nasceu com uma cabeça lupina. Enquanto isso, a patroa da modelo, a fotógrafa Susanne (vivificada pela maravilhosa Eva Dahlbeck), enfrenta um doloroso fato: seu amante casado desiste dela em favor da esposa, não porque a ama, mas por causa de seu dinheiro. Glupt!

 É um filme triste, denso, pesado, com uma cena de quase-suicídio atormentadora. Tinha a ver com algo que eu temia acontecer comigo daqui a alguns anos. Temo, aliás, de forma enviesada: não acredito em suicídio (no meu próprio, ao menos)! Além de amar a vida e de valorizar os aprendizados decorrentes dos sofrimentos, sinto que algumas pessoas dependem de mim, não posso desistir, não posso: Ingmar Bergman me faz feliz!

 Wesley PC>

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