quinta-feira, 11 de setembro de 2014

‘IPSIS LITTERIS’ FACEBOOQUIANO

“Depois de dez excessivos dias, o peso daquela tristeza, que pode soar relativamente pequeno se você não é alguém que tem que pensar no assunto ou está sendo forçado a lidar com ele, mas tem proporções quase épicas se você é essa pessoa, já era considerável”. 

Tão logo abri a minha caixa de ‘e-mails’, pela manhã, deparei-me com a recomendação de um conto de uma escritora escocesa que eu não conhecia, Ali Smith. No conto em pauta, o que era narrado era justamente uma discussão metalingüística sobre as (des)vantagens do conto em relação ao romance, numa perspectiva que tomara as dores do primeiro como mais urgentes em relação ao segundo. Como quase tudo com o que venho me deparando na última semana, a recomendação veio a calhar, bem como o trecho destacado. Minha mãe, que vira um programa televisivo supostamente destinado às mulheres burguesas, pela manhã, preocupa-se que eu esteja assolado por germens depressivos. Alegou que vitamina de abacate com manga e banana e alface e manga e maracujá e goiaba e morango e jaca e o que mais tiver na geladeira é um excelente remédio (ou paliativo, que seja). Aceitei a sugestão multi-frugal. Comi algo e fui para o quarto de meu irmão, assistir a um curta-metragem sobre um semideus que se sente um nada que passeia pelas zonas de prostituição cariocas. Gostei muito do que vi...

 “Parece que depois que lhe privam da possibilidade de falar como quisesse, e de ser capaz de zelar pelos amigos, não lhe sobra mais nada em termos de narrativa além de se apaixonar por um rapaz tão apaixonado por si próprio que passa o dia inteiro curvado sobre um lago que é o seu próprio desejo e que acaba se deixando quase morrer de sofrimento (e aí se transforma, em vez de morrer, numa florzinha branca)”.

 O resto é sobrevivência, história, continuidade, interação, persistência, vida!
Eu continuo:sou desses que tentam, desses que amam...

Wesley PC> 

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