sexta-feira, 10 de outubro de 2014

“VOCÊ É TÃO DELICADINHA, MINHA FILHA! TEM QUE TER CAUTELA COM A TUA SAÚDE...”

Ainda não consigo reconhecer a Cristina Aché fisicamente, mas sei que ela é uma linda mulher e uma excelente atriz. Mais de uma vez, tive a oportunidade de me deslumbrar frente às suas atuações, mas esta dificuldade distintiva fez com que eu prejudicasse apreensivamente alguns dos aspectos dramáticos mais chamativos do belo e vagaroso “Noites do Sertão” (1984, de Carlos Alberto Prates Correia), que acabei de ver...

No filme, Cristina Aché interpreta Lalinha, uma moça recém-divorciada que resolve passar uma temporada na fazenda do seu sogro (Carlos Kroeber). Lá conhece as duas filhas dele, uma soturna e religiosa (a ótima Sura Berditchevsky) e a outra jovial e lúbrica (Débora Bloch). A primeira morre de desgosto, enquanto a segunda passa algumas noites de prazer ao lado da nora de seu pai. Lalinha, entretanto, resolve seduzir o sogro. Despe-se para ela, faz perguntas calculadas acerca da beleza de sua efígie e de seu corpo, enquanto Maria da Glória, a rapariga jovial, perde a virgindade com um serviçal, antes de ser cortejada matrimonialmente por um jovem médico da região (Tony Ramos), a quem é legado o desfecho, uma narração plácida sobre os acontecimentos que virão... Na derradeira imagem, o sol nasce, deixando o céu avermelhado. Autor do argumento original: João Guimarães Rosa, através da novela “Buriti”.

Assim, de cara, não fiquei de todo interessado na leitura do livro que inspirou o filme, mas sinto que, quando revê-lo, gostarei muito mais: já estarei apreciando a formosura de Cristina Aché, excelente atriz, que aparece nua, encantando-nos com o brilho de sua pele alva e mui graciosa. Linda!

Wesley PC>

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