segunda-feira, 17 de novembro de 2014

ALGUMAS BREVES PALAVRAS SOBRE O FILME DOMINICANO QUE VI ANTES DE DORMIR...

Quando me deparei com a sinopse de "A Filha Natural" (2011, de Letícia Tonos), exibido ontem à noite na TV Brasil, indiquei este filme a diversos amigos, visto que presumi que ele seria minimamente interessante enquanto exemplar do desconhecido cinema caribenho. Infelizmente, nenhum dos indicados pôde ver o filme até o final, o que é uma pena redobrada, pois, além de seus méritos eventuais, há muito o que ser discutido - num viés político - acerca do que este filme representa enquanto tentativa de visibilidade. Afinal de contas, quantos filmes produzidos pela República Dominicana costumam ser lançados anualmente?

Apesar de ser uma produção tipicamente centro-americana, a narrativa do filme lembra as tradições africanas [pensei especialmente no filme senegalês "Madame Brouette" (2002, de Moussa Sene Absa), muitíssimo divertido e dramático, que vi há bastante tempo, acompanhado por amigos], visto que fantasmas e crendices abundam...

Na trama, uma jovem órfã vai morar com seu pai - que não conhecia até então - depois que sua mãe é atropelada e morta, num acidente rodoviário. Este pai é assolado por uma suposta maldição, relacionada à sua falecida esposa e problemas de espólio territorial. Ele vive com um haitiano manco, saudoso de sua família e deveras crédulo acerca das supostas assombrações que circundam a residência. Até que a garota se apaixona por um belo rapaz tribal porto-riquenho, a quem é apresentada por uma dupla de moleques imitadores de jovens gangsteres: um garoto mudo, apelidado de Fera, e um guri de menos de 15 anos, que age como mafioso de gueto estadunidense. Só vendo o filme para crer: apesar de suas falhas e de atropelos audiovisuais, ele possui muito charme, uma ótima trilha sonora, atores bonitos e uma moral da estória conciliadora. Era do que eu estava precisando, antes de sonhar!

Wesley PC> 

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