sábado, 5 de julho de 2014

COM A PALAVRA, O MESTRE:



"Em todo filme, deve haver abstração, para que o público, ao invés de apenas julgar se a obra é boa ou má, encontre nela uma busca com a qual se identifica". (Josef von Sternberg).

Apesar de não concordar com tudo o que ele fala, neste quesito, dou-me por contemplado!

Wesley PC>

NADANDO COM O TONY GATLIF...

Nos dias que se seguirão, planejo mergulhar numa maratona de filmes do Tony Gatlif, um dos meus favoritos. Em verdade, já vi a maioria dos seus filmes, planejo apenas completar as lacunas em sua filmografia que ainda estão pendentes no que tange à minha audiência devota.

Conforme anunciei para alguns amigos,durante a partida de futebol desta sexta-feira (Brasil X Colômbia), conferi o singelo (e um tanto simplista) "Gaspar e Robinson" (1990), no qual dois amigos roubam estabelecimentos comerciais a fim de montarem o seu próprio restaurante na praia. Um deles é devastado por um amor abandonado; o outro se apaixona por uma pedinte linda. Entre eles, surge uma velhinha abandonada pelo neto, que aumentará ainda mais a amizade demonstrada por todos os personagens citados. O mundo é bom: nele, eu mergulho nu!

Wesley PC>

DOS TEMORES ERÉTEIS EM SONHOS...

Dormi pouco antes da meia-noite. Minha mãe e minha cunhada preocupavam-se com os desmandos toxicômanos de meu irmão mais novo, que saiu desembestado em busca de dinheiro, às 23h da noite. Eu, porém, estava muito cansado. E logo estava sonhando...

Não lembro direito o que houve antes, mas, de repente, eu me via observando o vizinho da frente (foto anexada), por uma fresta em sua porta entreaberta, deitado no sofá, acariciando o seu pênis por sobre a vestimenta. Intuí que, se fosse paciente, em breve o flagraria se masturbando. Dito e feito: porém, quando ele põe o seu membro viril intumescido para fora, eu desperto. Levanto-me (de pau duro, claro) e vou urinar. Eram quase 4h da madrugada. Meu irmão ainda se dopava com ‘crack’!

Adormeci e continuei o sonho, mais ou menos de onde havia parado (quer dizer, a situação foi modificada, mas os elementos eram similares): eu estava num bar, jogando sinuca. O mesmo vizinho outrora observado era o proprietário do local, casado. Sua esposa estava do lado de fora, em frente ao banheiro. Conversei com ela (ela não apenas era minha amiga, como, no sonho, sua efígie pertencia à esposa de outro vizinho, também apetecível) e, pouco tempo depois, me via sugando o pênis do rapaz casado, em meio às garrafas de bebida do seu boteco. Jorros intensos de sêmen banharam satisfatoriamente a minha face. Mas, de repente, há uma briga no bar, por causa de um jogo de dominó. Policiais chegam para resolver a questão e resolvem revistar todos os presentes. Quando chega a minha vez, eles percebem que eu estou sexualmente excitado e fazem troça: “vê se amolece esta rola, onde já se viu? Que desrespeito em relação ao nosso trabalho!”. Por dentro, eu ri. Ao despertar, comi mamão.

Wesley PC>

sexta-feira, 4 de julho de 2014

AS PESSOAS GRITAM MUITO NO CINEMA MARGINAL!

Helena Ignez é a narradora de “Os Monstros de Babaloo” (1970, de Elyseu Visconti). Seu pai é interpretado por Badu; sua mãe, por Wilza Karla. Zezé Macedo é a empregada da família. O irmão deficiente é estuprado. O dinheiro se esvai, mas, ao final, encontra uma herdeira. E todos esses personagens gritam!

É incrível como as pessoas gritam nos filmes do Cinema Marginal. E, ao mesmo tempo, é maravilhoso e coerente que elas gritem tanto! Nestes filmes, os impulsos bestiais são mais intensos que os comportamentos humanos. Por isso, tantas fodas, tantos desvios sexuais...

Num dos momentos mais angustiantes do filme, a mãe é seduzida por um rapazola cubano, que rouba todas as suas jóias (verdadeiras). “Eu vou te dar muito, muito dinheiro. E tudo o que tu precisas fazer é ser bonzinho para mim!”, externa a mãe, no ato da contratação do gigolô. Durante o ato sexual, ela grita mais que geme. E a narradora interrompe o gozo, antecipando o desfecho previsível deste relacionamento. Acontecerá comigo, mais cedo ou mais tarde. E/ou tomara que não...

 A fotografia do filme é predominantemente escura, apesar de o filme ser praiano. À época de seu lançamento, o filme foi propagandeado como um similar brazuca da obra máxima de Orson Welles. Para muitos críticos, “Os Monstros de Babaloo” é um filme de terror. Yma Sumac é uma das várias convidadas homenageadas na trilha sonora. O meu estilo de atuação na vida real deve muito a esses personagens gritantes do Cinema Marginal. Esta é uma confissão! 

Wesley PC>

SOBRE O USO DISTINTIVO DO RABO (OU PRECISO CONHECER MELHOR O OSWALD DE ANDRADE!):


Talvez seja o caso de admitir a necessidade de rever "O Homem do Pau-Brasil" (1981, de Joaquim Pedro de Andrade) o quanto antes, mas, por ora, ficam as boas lembranças do enorme elenco [na foto, é a Cristina Aché?], da divertida homenagem pós-tropicalista e do enredo repleto de simbolismos. Detalhe: quando eu cheguei ao trabalho, na manhã de hoje, uma garota perguntou se a cueca que eu estava usando no momento era, de fato, minha. Eu respondi com um gracejo. O mundo é bom, o cinema me ensina!

Wesley PC>

quarta-feira, 2 de julho de 2014

UMA COMÉDIA FINLANDESA NA VIDA REAL: E A GRAÇA, CADÊ?

Segundo o que averiguei sucintamente, Aki Kaurismäki realizou o curta-metragem "Rocky VI" (1986) para se vingar da ridicularização perpetrada por Sylvester Stallone. Não entendi o contexto nem tampouco sei se a Finlândia possui um passado socialista, mas não gostei do filme. Achei abobalhada a luta entre o robusto soviético Igor e o esquálido norte-americano Rocky. Para piorar, quando eu cheguei ao trabalho, um rapaz que admiro olhou-me nos olhos e disse: "Wesley, sabia que tu és mais insuportável calado?". Nos filmes finlandeses, o silêncio dá a tônica. E eu me identifiquei... Wesley PC>

terça-feira, 1 de julho de 2014

ALMOÇO

Há poucos minutos, uma colega de trabalho perguntou se eu almoçava apenas saladas. Disse-lhe que era vegetariano e que não comia nenhum tempo de bicho. No mesmo instante, imaginei um vizinho se masturbando, visto que ele começa hoje as suas atividades feriais. E eu, ocupado...

 Meu nariz está sangrando tanto (digo: está surgindo sangue em meus freqüentes escarros), que começo a me preocupar realmente com a minha saúde. Porém, preocupações não me faltam: hoje é o dia definitivo para a entrega de minha dissertação de Mestrado, já defendida e pretensamente corrigida. Agora, tudo se encaminha... Eis a esperança!

Wesley PC>