sexta-feira, 26 de setembro de 2014

COMO BEM DISSE UM AMIGO MEU, "MORRE A ÁRVORE, FICAM AS SEMENTES!"


A imagem desta lagarta belíssima consta do filme "A Floresta de Jonathas" (2012, de Sérgio Andrade), que vi com muita ansiedade na tarde de ontem. Não gostei tanto do resultado final, mas era o filme que eu precisava e queria ver. E gostei. E funcionou. E a minha paixão pelo Begê Muniz (o rural, ao menos), segue ativa, vívida. Não é por acaso!


Wesley PC>


A TIRINHA FALA POR SI MESMA?



Noutras palavras: coluna do meio para mim - e não só!

Wesley PC> 

SOBRE AS COISAS DO SUBCONSCIENTE QUE TEMOS VERGONHA DE FALAR...

Na madrugada de ontem, sonhei que fazia sexo com meu irmão mais novo e era flagrado pelo jogador Neymar. Não entendi direito o contexto da interação erotógena (não era por atração sexual, vos asseguro), mas acordei angustiado. Sabia que, no sonho, meu irmão era apenas uma condensação, uma metonímia subconsciente de outra pessoa, com quem havia formado um pacto de irmandade, enquanto enfiava a mãe em sua calça e alisava o seu pênis ereto. Entretanto, algo em mim acha o jogador susomencionado atraente. E incomodei-me bastante ao ser chantageado por ele. O que isso tudo quer me dizer? Ainda não sei, mas hoje (dia em que escrevo estas linhas breves porém angustiadas e alegres, simultaneamente) é sexta-feira, coisas boas estão quase programadas para (me) acontecer. Se elas acontecerem, de fato, maravilha! Se não, “como foi bom sonhá-las”, diria Pier Paolo Pasolini, ao desfecho de uma de suas jóias cinematográficas. O mundo é bom, crianças! 

Wesley PC>

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

NÃO FUNCIONOU COMIGO, AINDA!

Arregimentando o tempo de folga entre o turno matutino de trabalho e o vespertino, resolvi assistir ao curta-metragem que foi premiado no Oscar deste ano, “Helium” (2014, de Anders Walter). Na trama, um garotinho com câncer conversa com um paciente mais velho, sobre as suas brincadeiras favoritas. Falam sobre cachorrinhos feitos com balões, sobre um país imaginário em que todos se locomovem de zepelim. Era para ser bonito, edificante, prenhe de esperança. Mas comigo não funcionou, pena. Talvez seja a esperança britando. Talvez...

Wesley PC>

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

QUANDO EU ESTAVA SAINDO DO BANHEIRO, O GUARDINHA ENTROU. E DISSE: “ÔPA!”

Nunca vi nada do Christian Petzold. Elogiado como um dos melhores cineastas alemães da nova geração, eu insisto em dizer que, até então, nunca vi nada dele. Tudo indica que, daqui a algumas horas, poderei tecer comentários sobre “Yella” (2007). Torço, em verdade, para que seja um filme triste, que me comova, que me console. Torço...

Antes de o guardinha falar comigo, eu estava sob o Sol, ansiando para que alguém aparecesse. Uma moçoila de vermelho surgiu ao longe. Não era ela que eu esperava. Tampouco anseio por participar de bolões envolvendo resultados futebolísticos. “Quero a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”... Comi uma maça há pouco. E tem uma banana inteira em minha sacolinha esverdeada, aguardando a fome noturna. Será que o guardinha foi mijar?

 Triste, triste, triste, triste, triste, triste, vivo!
Antes de o guardinha entrar, era eu quem mijava...
 Mijo, mijo, mijo, mijo, mijo, mijo, mijo, sêmen!
 “O uniforme é necessário para padronizar”, comenta alguém aqui no trabalho.
 Farda.

Wesley PC>

terça-feira, 23 de setembro de 2014

FLÁVIO TAMBELLINI: UM CINEASTA MÉDIA 3,0?


Até a noite de ontem, eu nunca tinha visto sequer um filme dirigido pelo cineasta Flávio Tambellini. Até o final da noite de hoje, tudo indica que eu terei assistido a 3/5 de sua filmografia integral... 

Falecido em 24 de fevereiro de 1976, aos cinqüenta anos de idade, este cineasta realizou apenas três filmes como diretor, não obstante ser um produtor influente. O seu longa-metragem de estréia “O Beijo” (1964) é baseado numa peça clássica de Nelson Rodrigues, sobre preconceito contra homossexuais, advindos de homossexuais reprimidos. O roteiro é ruim (ou a direção que é péssima), mas a direção de fotografia é estupenda. Três técnicos ficaram encarregados da mesma: Tony Rabatoni, Amleto Daissé e Alberto Attili. Fizeram por merecer o meu elogio duradouro: o fotografa anexado a esta publicação que o diga!

 Na tarde de hoje, arrisquei-me a conferir a pornochanchada “Um Uísque Antes... E um Cigarro Depois” (1970). Tinha certeza de que desgostaria do mesmo, o que se confirmou rapidamente. Este diretor, infelizmente, tem um problema cabal de ritmo. O pior é que o terceiro episódio do referido filme perigava ser muito interessante: apreciei os talentos (externos, inclusive) do filho do diretor, Flávio Ramos (hoje R. Tambellini), que também dirige – muito melhor que o pai, aliás. A cópia de que dispunha não possuía o final. Não sei o que aconteceu, mas... Infelizmente, ambos os filmes que conferi deste diretor são muito ruins. Ambos recebem a mesma avaliação: uma estrela e meia. Nota 3,0. Que o violento (e sinopticamente promissor) “A Extorsão” (1975) me surpreenda, daqui a algumas horas...

Wesley PC>

domingo, 21 de setembro de 2014

“A EDUCAÇÃO DE UMA GAROTA SÓ ESTÁ COMPLETA QUANDO ELA APRENDE A FECHAR UM BASEADO”!

Mesmo ciente de que “O Garanhão Italiano” (1970, de Morton Lewis) não tinha como ser um filme bom, sempre nutri uma extrema curiosidade em vê-lo. Protagonizado por um Sylvester Stallone em começo de carreira (se é que se pode chamar o que se mostra aqui de carreira), este filme pornográfico ‘softcore’ praticamente não possui trama, apesar de o irmão (?) do diretor, Milton Lewis, ser creditado como roteirista. No filme, uma mulher de ascendência aparentemente oriental (Henrietta Holm) confessa-se sexualmente excitada até mesmo quando se acocora para meditar e, após dançar bastante, separar algumas frutas para o homem que ama e exclamar a constatação que intitula esta publicação, recebe várias cinturãozadas do personagem de Sylvester Stallone, que a convida para uma orgia entre amigos ricos. Tudo embalado a uma trilha sonora cafona que antecipa a era ‘disco’ e demonstra que a era ‘hippie’ chegara ao fim da pior forma. Eis o que “O Garanhão Italiano” sintetiza!

Assisti a este filme numa péssima cópia sem legendas, de modo que precisei ficar traduzindo os arremedos de diálogos para o garoto (casado) que estava ao meu lado. Depois de determinado tempo, já me sentia deveras constrangido de tanto repetir “oh, como estou excitada!”, “estou com muita vontade de chupar o seu pau” e “vou deixar o sabonete cair no chão para que o meu rosto fique pertinho da minha parte favorita de seu corpo...”. Eis do que os exíguos diálogos do filme se tratavam. Ao menos, tudo passa muito rápido: em pouco mais de 71 minutos, tudo se conclui, de maneira pronta para se tornar esquecível, não fosse a aura ‘cult’/’kitsch’ que o filme adquiriu enquanto testemunho do fracasso de uma geração. Dois anos após o seu lançamento, inclusive, Gerard Damiano se tornaria o patrono dos longas-metragens eminentemente pornográficos (‘hardcore’) lançados nos cinemas. “O Garanhão Italiano” estava fadado a ser esquecido, não fosse o próprio Sylvester Stallone descoberto (e aceito) por Hollywood seis anos depois, quando chegou mesmo a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator, pasmem! De uma forma ou de outra, talvez ele tenha merecido: esforço de sua parte não faltou!

Em mais de um instante do filme, comentei com meu parceiro de sessão que estava envergonhado diante de tamanha enrolação erótica. Uma dançarina negra bailava nua diante de uma loira e, ao final, engalfinha-se com ela numa cama, ao lado de um casal refinado, numa bagaceira sexual que termina como se fosse um ritual satânico. Uma esculhambação tosca, mas com certo charme fedido, de modo que arrebatou alguns décimos de apreciação em minha cotação demeritória. Não sei se recomendo este filme a alguém, mas, insisto, enquanto testemunho geracional, ele nos diz algo, em suas entrelinhas extemporâneas: “‘carpe diem’, cinéfilos lúbricos: os tempos que se seguem serão ainda menos alvissareiros!”. Recado (involuntário) dado, Morton Lewis!

Wesley PC>