quarta-feira, 29 de outubro de 2014

TALVEZ O NORMAN MCLAREN TENHA ME ATRASADO... MAS NÃO ME ARREPENDO: VALEU A PENA!

"Hen Hop" (1942, de Norman McLaren) foi realizado no mesmo ano em que minha mãe nasceu.Ela não viu o filme comigo, entretanto. Eu estava no quarto de meu irmão, ela estava na sala. E as nossas galinhas estavam no quintal!

No filme, uma galinha põe um ovo, sendo que este ovo, antes disso, era uma galinha em potência (afinal, confirmada). À medida que o filme evolui, a galinha é desmembrada, transformada em galeto assado, ela não é interessante para os seus donos imaginários enquanto ser dotado de individualidade animal, mas enquanto comida. Uma música 'country' dançante irrompe na tela. A palavra anglofílica "save" (salvar) também. A galinha precisava ser salva (da morte certa no forno)? Teria conseguido? Os galináceos que vivem em meu quintal conseguem. Morrem de velhice ou de doença!

Terminada a sessão, vi um portão aberto. Ao entrar na residência, ouvi um barulho de chuveiro. Era um rapaz, masturbador contumaz. Espiei pela brecha, providencialmente aberta próximo ao chuveiro. Enxerguei um pênis intumescido, pulsante, recém-ejaculado. O cheiro forte de sabonete. A expressão de gozo do banhista. A noite, lá fora...

Wesley PC>

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"7 CAIXAS" (2012, de TANA SCHÉMBORI & JUAN CARLOS MANEGLIA) PODE NEM SER BOM, MAS ESTE FOTOGRAMA DIZ MUITO!


Infelizmente, a nefasta herança dos arremedos tarantinianos prejudica sobremaneira este ingênuo (porém bem-intencionado) filme paraguaio, mas o grito imagético permanece após a sessão: a homogeneidade nociva perpetrada pelo capital internacional é algo que devemos refutar! Viver é possível. Enfrentar, também!

Wesley PC>

PARA ALÉM (OU AQUÉM), O QUE CONSOLA!

Pela primeira, pude acompanhar um evento via Twitter, na noite de ontem: o resultado das Eleições 2014. É incrível como o que diziam é verdade: a sensação é a de que estamos lá, no "não-local" (o Brasil inteiro, em termos virtuais) em que acontece o evento. Aprovei a experiência!

Mas, como não sou destes que se limitam a um única experiência, aproveitei a deixa para examinar outras possibilidades de oferta "entretenedora" via Twitter e pude analisar as propostas eróticas do 'site'. Algumas me pareceram deveras aprazíveis! (risos)

Indo mais além: na madrugada de hoje, sonhei com uma rapariga que não fala mais comigo. Ela estava detrás de mim na fila do banco automático de um posto de gasolina. Ela conversava com alguém, enquanto eu lia as sinopses dos filmes exibidos pelo Eurochannel na tela do computador do banco. Despertei, fui ao banheiro, deitei e dormi e sonhei de novo. Agora, eu estava no apartamento de um grande amigo, buscando discos de Núbia Lafayette. Dois rapazes bonitos que trabalhavam comigo banhavam-se ao mesmo tempo, no mesmo cômodo. De repente, eles aparecem, molhados, e se despem à minha frente. Um deles, coincidentemente, está aniversariando hoje. No sonho, seu pênis era bastante triangular e seus pêlos púbicos eram raspados apenas do lado esquerdo. Enviei um SMS para ele, parabenizando-o pelo aniversário (risos). O mundo é bom!

Wesley PC>

domingo, 26 de outubro de 2014

UFA, O SEGUNDO TURNO ACABOU! (MAS FALTA MAIS, MUITO MAIS...)


"Apesar do propagandismo óbvio, o filme de [Thorold] Dickinson é uma obra-prima em menor escala, uma análise intrigante da motivação e do heroísmo em meio à batalha ideológica mortal". 

À página 309 da edição que possuo do guia "1001 Filmes para Ver Antes de Morrer", lê-se o trecho acima, referindo-se à produção israelense "A Colina 24 Não Responde" (1955), que vi na tarde de hoje, em homenagem ao clima belicoso que se instalou neste segundo turno das eleições para Presidente do Brasil. Oficialmente, nunca ouvira nada sobre o britânico Thorold Dickinson, e há de se reclamar que o filme envelheceu mal, que há inúmeros problemas de feitura e, principalmente, de conjunção ideológica, mas o modo como a trama costura os 'flashbacks' é muito interessante: um oficial que se apaixona pela mulher que espiona; um judeu que demonstra-se descrente depois que é ferido, mas recupera a fé após conversar com o rabino que suplica para que, "não importa o que aconteça, não se deve desistir"; e um israelense que captura um ex-nazista que luta contra a causa que ele defense...

O ritmo do filme é um tanto moroso (apesar da rápida montagem), mas, do meio para o final, melhora significativamente. A discussão acerca das manipulações e funções eminentemente religiosas no segundo episódio e as alucinações hitleristas no terceiro são impressionantes, bem como o genial estratagema de iniciar a narrativa apresentando imagens dos principais personagens no instante em que morreram. Não compactuei efetivamente com o discurso de posse territorial israelense no desfecho, mas o crédito final que indica um "começo" ao invés do tradicional "fim" é brilhante. Não é um filme fácil, mas tem méritos laudatórios.

Do lado de fora da tela, Dilma Rousseff venceu as eleições presidenciais por uma diferença percentual ínfima. Meus amigos estão contentes. Minha mãe finge indiferença, mas ela torcia por isso também. Política é algo diuturno!

Wesley PC>

PARA QUE NÃO DIGAM QUE EU NÃO SEI O QUE É UMA URNA ELEITORAL...

Atendendo a uma exigência acadêmica da disciplina Fotojornalismo: preciso, ao longo do dia, registrar imagens que exibam situações envolvendo o ímpeto eleitoral. Vale destacar que a professora deixou bem claro que não queria que fizéssemos campanha em favor de nenhum candidato, mas a objetividade jornalística me protege na exibição desta imagem, única residência da rua em que moro que ostenta externamente o seu voto. Mais: eu concordo com o mesmo. Não obstante não ser um partidário explícito da candidata à reeleição Dilma Rousseff, entre ela e o mineiro Aécio Neves (do PSDB), a escolha é óbvia: o PT é o "mal menor"!

Wesley PC>